Era uma vez no Reino da Vida, em um pequeno café charmoso, na esquina esquerda da praça central, reuniram-se a Srta. Decisão, o jovem DeRepente e o Sr. Quase.
O lugar fora escolhido pela Srta. Decisão, que lia o best seller de Saint-Exupéry justamente naquela parte que diz, se tu chegas as quatro desde as três estarei feliz... E desde as três ela estava feliz por encontrar Quase e DeRepente. Decisão se arrumou, prendeu seus cabelos anelados, colocou uma delicada presilha de strass, gostava de destacar os olhos e apagar a boca, gostava de perfumes doces e não deixara por um segundo se quer faltar seu belo sorriso estampado em sua face.
DeRepente, jovem lindo e agitado, não sabia dizer não, talvez ele considerasse esse seu paradoxo, desafio e virtude. Ele sabia que não poderia viver sozinho por muito tempo.
Quase, um homem sério e envolvente, sempre presente em todas as ocasiões, ele se fazia notar.
Enfim 3:55, Decisão estava serena, sentada numa mesa redonda, com sua bolsa à direita, sobrando dois lugares, um à sua esquerda e outro a sua frente.
O relógio acima da garçonete batera 4:00 horas, quando Quase abre a porta mexicana, deixando os raios do sol, que estava baixando, acender e apagar seus lindos olhos azuis, Quase entrou, olhou e num clima de suspense atravessou o pequeno salão em direção à mesa de Decisão.
DeRepente, antes que o relógio movesse para 4:01, entra, passa por Quase sem perceber e com um ramalhete de certeza, chega a Decisão e escolhe o lugar ao lado dela.
Quase, sem escolha senta à frente de Decisão e ao lado de DeRepente.
Decisão pede um café forte e quente, com churros e doce de leite. DeRepente pede um leite gelado e um sandwich de queijo. Quase pede um café com leite médio e morno e nada para comer, pois a Dúvida chegou ao café e Quase dispensou sua atenção com ela.
Decisão precisara tomar em seu tempo, o café para não esfriar.
DeRepente precisara tomar em seu tempo, o leite para não esquentar.
Quase não tinha compromisso, pois seu café morno não mudara de temperatura.
Decisão pede um pouquinho de leite a DeRepente para suavizar seu café.
DeRepente pede um pouquinho de café a Decisão para colorir seu leite.
Quase só olhava para os churros de Decisão e o sandwich de DeRepente, pensando: E se eu tivesse pedido?
Decisão e DeRepente estavam no mesmo ritmo, por mais que seus objetivos fossem diferentes, sentindo assim mais próximos que um palmo que separavam suas cadeiras.
Quase vendo a cumplicidade de Decisão e DeRepente se sentiu sem espaço, e olhou ao redor, quando viu três lugares vagos ao lado da Dúvida que ainda não conseguiria decidir em qual lugar colocaria sua bolsa. Foi assim que Quase saiu da mesa de Decisão sem dar explicações e foi se instalar onde sempre há espaço, ao lado ou a frente da Dúvida.
DeRepente paga a conta e leva Decisão ao centro da praça e faz uma promessa:
- Decisão, você pode tomar o caminho que for que eu sempre estarei ao seu lado, DeRepente, não mais que de repente . . .
O lugar fora escolhido pela Srta. Decisão, que lia o best seller de Saint-Exupéry justamente naquela parte que diz, se tu chegas as quatro desde as três estarei feliz... E desde as três ela estava feliz por encontrar Quase e DeRepente. Decisão se arrumou, prendeu seus cabelos anelados, colocou uma delicada presilha de strass, gostava de destacar os olhos e apagar a boca, gostava de perfumes doces e não deixara por um segundo se quer faltar seu belo sorriso estampado em sua face.
DeRepente, jovem lindo e agitado, não sabia dizer não, talvez ele considerasse esse seu paradoxo, desafio e virtude. Ele sabia que não poderia viver sozinho por muito tempo.
Quase, um homem sério e envolvente, sempre presente em todas as ocasiões, ele se fazia notar.
Enfim 3:55, Decisão estava serena, sentada numa mesa redonda, com sua bolsa à direita, sobrando dois lugares, um à sua esquerda e outro a sua frente.
O relógio acima da garçonete batera 4:00 horas, quando Quase abre a porta mexicana, deixando os raios do sol, que estava baixando, acender e apagar seus lindos olhos azuis, Quase entrou, olhou e num clima de suspense atravessou o pequeno salão em direção à mesa de Decisão.
DeRepente, antes que o relógio movesse para 4:01, entra, passa por Quase sem perceber e com um ramalhete de certeza, chega a Decisão e escolhe o lugar ao lado dela.
Quase, sem escolha senta à frente de Decisão e ao lado de DeRepente.
Decisão pede um café forte e quente, com churros e doce de leite. DeRepente pede um leite gelado e um sandwich de queijo. Quase pede um café com leite médio e morno e nada para comer, pois a Dúvida chegou ao café e Quase dispensou sua atenção com ela.
Decisão precisara tomar em seu tempo, o café para não esfriar.
DeRepente precisara tomar em seu tempo, o leite para não esquentar.
Quase não tinha compromisso, pois seu café morno não mudara de temperatura.
Decisão pede um pouquinho de leite a DeRepente para suavizar seu café.
DeRepente pede um pouquinho de café a Decisão para colorir seu leite.
Quase só olhava para os churros de Decisão e o sandwich de DeRepente, pensando: E se eu tivesse pedido?
Decisão e DeRepente estavam no mesmo ritmo, por mais que seus objetivos fossem diferentes, sentindo assim mais próximos que um palmo que separavam suas cadeiras.
Quase vendo a cumplicidade de Decisão e DeRepente se sentiu sem espaço, e olhou ao redor, quando viu três lugares vagos ao lado da Dúvida que ainda não conseguiria decidir em qual lugar colocaria sua bolsa. Foi assim que Quase saiu da mesa de Decisão sem dar explicações e foi se instalar onde sempre há espaço, ao lado ou a frente da Dúvida.
DeRepente paga a conta e leva Decisão ao centro da praça e faz uma promessa:
- Decisão, você pode tomar o caminho que for que eu sempre estarei ao seu lado, DeRepente, não mais que de repente . . .